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Irene Lisboa
(1892-1958)
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Foi professora primária e escreveu uma obra abundante de tipo intimista (poesia, Um Dia e Outro Dia 1936; diário, Solidão 1939; e prosa de ficção de tipo autobiográfico, Voltar atrás, para quê?, 1956, ou centrada numa personagem matricial, Esta Cidade!), que no entanto alia o confessionalismo à problemática social e concreta, emergente de um quotidiano que analisa no seus pormenores mais comuns, característicos de personagens femininas passivas e sofredoras.
Horas da noite.
Noite começada ou adiantada, noite.
Como é bonito escrever!
Com este longo aparo, bonitas as letras e o gesto - o jeito.
Ao acaso, sem âncora, vago no tempo.
No tempo vago...
Ele vago e eu sem amparo.
«Jeito de Escrever»
© Instituto Camões, 2001